Amados, peço aqui a inspiração divina para discorrer sobre um dos temas mais polêmicos que envolve as denominações evangélicas- O dízimo. Por isso, desarmados de espírito e conceitos próprios, busquemos humildemente a direção do pai celestial para tratarmos de um assunto que deve ser bem compreendido por todo aquele que busca servir ao Senhor de todo coração.
Para muitos, o recolhimento da décima parte das dádivas de Deus, para a igreja, mais do que uma recomendação, ou ordenança, chega a ser uma lei, ou mesmo mandamento. Já para outros, trata-se de um propósito muito pessoal, que que assim como todo voto, só terá validade se for expressamente espontâneo, portanto não pode ser confundido com uma imposição, ou fardo.
Para ajudar na compreensão do tema, vamos buscar a abordagem bíblica- texto e cotexto, para somente então expressar opinião. O primeiro registro bíblico que trata sobre a instituição, aplicação e destinação do dízimo, está no livro de Genesis 14.20, e se refere somente ao dízimo dos despojos, que era prática de pagar dízimo no oriente, um costume da comunidade, pagava-se a um Deus ou rei, isso anterior à lei mosaica. Abraão pagava dízimos a Melquisedeque por motivo de respeito, e consideração, não foi uma instituição divina, mas uma atitude particular de Abraão.
O dízimo aqui é no sentido de tributo, para honrar ao sacerdote de Deus.
- Abraão deu o dízimo do excedente conquistado na guerra. - As posses recuperadas por ele pertencia a Ló (Gen 14.16) - A maior parte pertenciam ao rei de sodoma e gomorra (Gen 14.11)
- Nada pertencia a Abraão. Fica claro que o Dízimo ensinado nas igrejas, é muitíssimo diferente do ensinado nestes casos de Abraão, pois não onerou a renda do Patriarca, é no aspecto de tributo, e não era uma obrigacao sistemática, mas um fato isolado.Agora Jacó, que era neto de Abraão, foi mais além pois se comprometeu de forma sistemática a dar o dízimo, mas não foi uma determinação Divina novamente, mas por que ele fez voto a Deus. (Gên 28:20/22), e se Deus nao atendesse seu pedido de voto, logo Jacó estava desobrigado ao pagamento do dízimo.
Números 18:24, e diz: " Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel. O texto é direto e muito claro, quando indica o objetivo do recolhimento da arrecadação da décima parte de todos os rendimentos dos Hebreus. Em seguida, a ordenança se refere aos próprios levitas, beneficiários dos recursos do dízimo- "Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos (Números 18:26).
O dízimo aqui é no sentido de tributo, para honrar ao sacerdote de Deus.
- Abraão deu o dízimo do excedente conquistado na guerra. - As posses recuperadas por ele pertencia a Ló (Gen 14.16) - A maior parte pertenciam ao rei de sodoma e gomorra (Gen 14.11)
- Nada pertencia a Abraão. Fica claro que o Dízimo ensinado nas igrejas, é muitíssimo diferente do ensinado nestes casos de Abraão, pois não onerou a renda do Patriarca, é no aspecto de tributo, e não era uma obrigacao sistemática, mas um fato isolado.Agora Jacó, que era neto de Abraão, foi mais além pois se comprometeu de forma sistemática a dar o dízimo, mas não foi uma determinação Divina novamente, mas por que ele fez voto a Deus. (Gên 28:20/22), e se Deus nao atendesse seu pedido de voto, logo Jacó estava desobrigado ao pagamento do dízimo.
Números 18:24, e diz: " Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel. O texto é direto e muito claro, quando indica o objetivo do recolhimento da arrecadação da décima parte de todos os rendimentos dos Hebreus. Em seguida, a ordenança se refere aos próprios levitas, beneficiários dos recursos do dízimo- "Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos (Números 18:26).
Os textos à seguir, do mesmo livro, referem-se á destinação, e ao responsável pelo recolhimento dos dízimos: "Assim fareis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel; e desses dízimos dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote"(Números 18:28).
Portanto lhes dirás: Quando fizerdes oferta alçada do melhor dos dízimos, será ela computada aos levitas, como a novidade da eira e como a novidade do lagar(Números 18:30).
Para resumir essa primeira abordagem, podemos ler também em Deuteronômio, capítulo 12, versículos 6, 11 e 17; e 2 Crônicas 31:12., onde de forma detalhada, estão contidos os todos ritos de aplicação e disciplinação do dízimo, e se reparamos, além do ato de adoração de quem tributa à Deus, a única motivação para o recolhimento de recursos do povo, era o de atender as necessidades da tribo de Israel que não teve direito à nenhum outro tipo de herança ou bem, de tudo o que cabia às demais tribos israelitas, pois pertencia aos mesmos levitas, a responsabilidade pelo cuidado, ornamentação e adoração no Templo.
Portanto não plantavam, nem colhiam, muito menos contavam com qualquer outra fonte de renda. Sua única ocupação era na casa de Deus; e para alimentar seus filhos, contavam com as oferendas do dízimo, que não eram a mesma coisa que ofertas de animais destinados ao o sacrifício, mas os mantimentos, resultantes da arrecadação de cereais; da lavoura, e objetos de ouro e prata, que tirado o dízimo dos mesmos, pelos levitas,que por sua vez, entregavam ao sumo-sacerdote, servia para o seu usufruto. Tudo determinado e disciplinado pela própria lei. E assim, não havia necessitados na casa de Israel.
Portanto não plantavam, nem colhiam, muito menos contavam com qualquer outra fonte de renda. Sua única ocupação era na casa de Deus; e para alimentar seus filhos, contavam com as oferendas do dízimo, que não eram a mesma coisa que ofertas de animais destinados ao o sacrifício, mas os mantimentos, resultantes da arrecadação de cereais; da lavoura, e objetos de ouro e prata, que tirado o dízimo dos mesmos, pelos levitas,que por sua vez, entregavam ao sumo-sacerdote, servia para o seu usufruto. Tudo determinado e disciplinado pela própria lei. E assim, não havia necessitados na casa de Israel.
Lançando o olhar sobre o novo testamento, em MT 23:23, observamos o duro discurso de Jesus contra os fariseus, que se gabavam de devolver o dízimo de tudo que possuíam, esquecendo-se, porém dos valores mais importantes para Deus. O texto diz: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas".
Assim sendo, não precisamos nos esforçar muito para entender que o mestre não desvalorizou em momento algum a prática do dízimo, tampouco insinuou aboli-la, porém, foi incisivo em afirmar que tal prática, como uso religioso, nunca será mais importante do que valores, como o senso de justiça; a fé e a misericórdia. Entende-se portanto, que o dízimo aparece como propósito ou voto pessoal, a respeito do qual, não precisamos prestar conta à ninguém, senão àquele ao qual o voto foi destinado.
Diferentemente do antigo testamento, quando era lei, a importância do dízimo naquele tempo tinha o objetivo de resguardar o direito dos levitas, que não possuíam outra fonte de sustento- Deuteronômio 14.24 a 27 – E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo; No novo testamento, o dízimo não foi abolido, porém, assim como todo o conjunto das leis mosaicas, ele deixou de ser uma imposição, para se tornar uma ação espontânea de conotação individual, como um propósito.
Aqueles que pretendem defender o dízimo como lei, ou ordenança no Novo Testamento, ancoram-se apenas em uma bíblica, que é exatamente Mateus 23:23, e sua repetição em Lucas 11:42:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas ".
É preciso lembrar que nós cristãos não somos fariseus.
- Deve-se considerar que os fariseus ainda viviam sob a Velha Aliança e que certamente deviam ter como prática todas as ordenanças das leis mosaicas; o que temos aqui não se trata de elogio ao ato de dizimar a hortelã, o endro e o cominho, mas o que há aqui é uma enorme repreensão por não estarem praticando o principio fundamental da doutrina dos dízimos (“a saber, a justiça, a misericórdia e a fé”), isto é a justiça social estabelecida, ou seja a ajuda humanitária aos pobres, propiciada pelo antigo sistema.
“Então virá o levita pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençõe em toda obra que as tuas mãos fizerem”.
Jesus não estava validando a aplicação desta doutrina em nossos dias, mas estava simplesmente realçando que o mais importante no antigo preceito não era a contribuição do dízimo, mas o resultado, isto é, em que se estava aplicando todos aqueles recursos, se para satisfazer privilégios de uma aristocracia dominante, ou para suprir as necessidades dos menos favorecidos, como era no antigo testamento em relação aos levitas.
Lucas 11.42 não é justificativa para se aplicar o dízimo, é uma reprensão aos fariseus hipocritas. Até aqui não existe necessidade do recolhimento do dízimo na Nova Aliança, pois não estamos agora debaixo da Lei mas da Graça. Finalmente, cabe a seguinte pergunta para os defensores da cobrança do dízimo como obrigação:
ALGUM PADRE OU PASTOR JÁ SE PERGUNTOU POR QUE JESUS E SEUS 12 APÓSTOLOS NÃO PAGAVAM O DÍZIMO ?
Aqueles que pretendem defender o dízimo como lei, ou ordenança no Novo Testamento, ancoram-se apenas em uma bíblica, que é exatamente Mateus 23:23, e sua repetição em Lucas 11:42:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas ".
É preciso lembrar que nós cristãos não somos fariseus.
- Deve-se considerar que os fariseus ainda viviam sob a Velha Aliança e que certamente deviam ter como prática todas as ordenanças das leis mosaicas; o que temos aqui não se trata de elogio ao ato de dizimar a hortelã, o endro e o cominho, mas o que há aqui é uma enorme repreensão por não estarem praticando o principio fundamental da doutrina dos dízimos (“a saber, a justiça, a misericórdia e a fé”), isto é a justiça social estabelecida, ou seja a ajuda humanitária aos pobres, propiciada pelo antigo sistema.
“Então virá o levita pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençõe em toda obra que as tuas mãos fizerem”.
Jesus não estava validando a aplicação desta doutrina em nossos dias, mas estava simplesmente realçando que o mais importante no antigo preceito não era a contribuição do dízimo, mas o resultado, isto é, em que se estava aplicando todos aqueles recursos, se para satisfazer privilégios de uma aristocracia dominante, ou para suprir as necessidades dos menos favorecidos, como era no antigo testamento em relação aos levitas.
Lucas 11.42 não é justificativa para se aplicar o dízimo, é uma reprensão aos fariseus hipocritas. Até aqui não existe necessidade do recolhimento do dízimo na Nova Aliança, pois não estamos agora debaixo da Lei mas da Graça. Finalmente, cabe a seguinte pergunta para os defensores da cobrança do dízimo como obrigação:
ALGUM PADRE OU PASTOR JÁ SE PERGUNTOU POR QUE JESUS E SEUS 12 APÓSTOLOS NÃO PAGAVAM O DÍZIMO ?
A resposta é simples: Ora, Jesus e os discípulos não davam o dízimo, porque não eram proprietários de terras, assim como os da tribo de leví, e todos nós que não possuímos vastas propriedades.
Será que era isso que Jesus queria dizer, quando recomendou: Dai á Cesar o que é de Cesar, e à Deus o que é de Deus?(Mc 12:17) ou será que ele quis nos ensinar que o tributo aos governantes é cobrado em dinheiro, enquanto para Deus, é em medida de dedicação à serviço dos irmãos, afinal Jesus mesmo foi que afirmou:Quando fizestes à um dos meus pequeninos, a mim o fizestes(M :25:40). Já para os que querem justificar seu usufruto da arrecadação da igreja, o apóstolo Paulo responde na sua segunda carta aos Tessalonicences 03:08-10:
"Nem comemos de graça o pão de ninguém, antes com labor e fadiga trabalhávamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes. Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos : Se alguém não quer trabalhar, também não coma."
Mas se alguém quiser seguir o modelo de contribuição instituído na bíblia, para os nossos dias, cujo objetivo é socorrer os irmãos em suas necessidades, para que não haja padecimento por falta de pão no meio da igreja, leia Atos dos apóstolos 02:44-46, que diz: " E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister". Ou seja, praticar a equidade, repartindo os bens para suprir as necessidades dos irmãos, por parte dos mais abastados, deixou de ser uma obrigação imposta pela lei do dízimo, para se tornar um ato de amor espontâneo, de quem não se sente bem, possuindo riquezas, enquanto seus irmãos padecem necessidades.
Será que era isso que Jesus queria dizer, quando recomendou: Dai á Cesar o que é de Cesar, e à Deus o que é de Deus?(Mc 12:17) ou será que ele quis nos ensinar que o tributo aos governantes é cobrado em dinheiro, enquanto para Deus, é em medida de dedicação à serviço dos irmãos, afinal Jesus mesmo foi que afirmou:Quando fizestes à um dos meus pequeninos, a mim o fizestes(M :25:40). Já para os que querem justificar seu usufruto da arrecadação da igreja, o apóstolo Paulo responde na sua segunda carta aos Tessalonicences 03:08-10:
"Nem comemos de graça o pão de ninguém, antes com labor e fadiga trabalhávamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes. Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos : Se alguém não quer trabalhar, também não coma."
Mas se alguém quiser seguir o modelo de contribuição instituído na bíblia, para os nossos dias, cujo objetivo é socorrer os irmãos em suas necessidades, para que não haja padecimento por falta de pão no meio da igreja, leia Atos dos apóstolos 02:44-46, que diz: " E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister". Ou seja, praticar a equidade, repartindo os bens para suprir as necessidades dos irmãos, por parte dos mais abastados, deixou de ser uma obrigação imposta pela lei do dízimo, para se tornar um ato de amor espontâneo, de quem não se sente bem, possuindo riquezas, enquanto seus irmãos padecem necessidades.
Diante do texto bíblico que vimos, fica claro que a tarefa de custear as despesas, investir na obra de Deus e socorrer os necessitados, cabe aos possuidores de recursos, não ao pobre, como ocorre no modelo global de arrecadação praticado pelas denominações chamadas evangélicas.
Sobre o outro aspecto do dízimo, que diz respeito à oferta de adoração, é algo estritamente pessoal e individual, e não se refere á dinheiro,ou a bens materiais exclusivamente, mas a tudo que pode ser oferecido ao Senhor, o que inclui o trabalho e o sacrifício demonstrado através da obediência abnegada aos mandamentos de justiça e de amor; e da renúncia de prazeres e privilégios. Isto sim, segundo as sagradas escrituras, parece ser a melhor forma de devolver ao Senhor, o verdadeiro dízimo.
Que o derramamento do amor do pai, desfaça os laços da vaidade; da avareza e da ganância que acorrenta a muitos ao egoísmo, e nos faça mais irmãos e verdadeiros adoradores do Deus vivo. Fiquem todos na paz.