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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A revelação de um Deus de amor que quer ser nosso pai

Desde os primórdios, o conhecimento da existência de um ser superior, responsável pela complexa engenharia da natureza e de todo o universo, tem sido a busca incessante de muitos sábios. Através dos milênios, o homem tem direcionado inúmeras pesquisas na tentativa de responder aos seguintes questionamentos:
-Deus existe?
-Se ele existe, porque permite o sofrimento e a maldade?
-Qual o objetivo da sua criação?

Certo dia,durante um diálogo sobre Deus e a religião, um homem já maduro, do alto dos seus mais de sessenta anos de idade me disse: - "A bíblia diz que depois de criar toda natureza, Deus criou o homem, segundo a sua imagem e semelhança". Discordando, o experiente observador completou: -"Não creio nisso. Acho que é exatamente o contrário- Depois de descobrir toda natureza, o homem criou a Deus, como um esteriótipo da sua vontade de  crescer e dominar tudo que existe- completou.

Observando as transformações do  mundo, Pela lente fisiologista da história, quase fui obrigado a concordar com o tal homem. Sua afirmação me fez recorrer ás palavras do mestre Jesus Cristo, quando disse: "Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore." (MT 12:23); Ou seja, pela maneira incoerente com que os líderes da maioria das religiões ensinam sobre Deus, vivendo e agindo, porém, em total descompasso com os seus próprios ensinamentos, aquele homem estava apenas fazendo uma leitura realista, ainda que fria, sobre a conduta da maioria das religiões.

Quando o assunto é Deus, cada religião ou filosofia, quer explicar em detalhes, todo perfil do caráter divino, ou, segundo seu conteúdo cultural, negar a existência do mesmo.

No Budismo, por exemplo, por não ser uma religião teísta,  não se tem a concepção de um Deus criador, onipotente e onipresente, nem na sua interferência nos assuntos que determinam passado, presente e futuro. Por outro lado se admite a existência de divindades, os chamados  Brahmas, que por sua vez, derivam da casta sacerdotal Indu.-Induísmo que é a  religião-madre do budismo e de outras filosofias.   É necessário porém, lembrar que, assim como em outras religiões ou filosofias, no budismo existem várias correntes de opiniões que discordam ou concordam com essa linha. O fundamental, no entanto, é que para o budista, o equilíbrio, entre as boas e corretas ações, frente aos eventuais deslizes, no passado, é o que determina o presente e o futuro, sendo o sofrimento, o grande legado deixado para o aperfeiçoamento do ser e de todo universo.

Nas três grandes religiões monoteístas- Judaísmo, Islamismo e Cristianismo- Se ensina sobre um único Deus criador e dominador, que preparou todas coisa que existem para a sua própria glória, criando depois o homem,para gerenciar toda natureza, compartilhando com o seu criador os resultados do seu trabalho como tributo à sua bondade.
Quero no entanto, tratar da revelação de um Deus, que diferentemente do que ensinam as religiões,  muito mais que dominador e dono de tudo que há, quer ter um papel  íntimo com a sua principal criatura- o homem.  Mas, para recebermos esta revelação, será necessário conhecer o seu mensageiro- Jesus cristo. Ao habitar entre nós, Jesus Cristo, não veio inaugurar uma nova religião, nem desfazer ou desqualificar as religiões existentes no seu tempo. Como íntimo de Deus(Mc 09:07), Jesus ensinou que a vontade do pai celestial, é que nos tornemos todos filhos, vivendo e desfrutando em comum, de toda vastidão da sua criação, Não balizados pelos preceitos e conceitos humanos.Como filhos de Deus, devemos estar limitados apenas pelas suas ordenanças de amor; pelo perdão; pela compaixão e o respeito mútuo.

Antes de se preocupar em ensinar preceitos e tradições religiosas, apesar de pertencer a linhagem judaica, o mestre Jesus, nos revelou a bondade do pai celestial, ao realizar seus muitos milagres, sendo inclusive censurado, nas ocasiões em que priorizou o socorro ao ser humano, deixando em segundo plano as leis e costumes da sua religião. (Mt 12:09-12).

Como nos ensinou o próprio Jesus Cristo, o amor do pai, que deve nos envolver é o mais importante. As diferentes  formas litúrgicas que usamos na adoração é o que menos interessa, pois o Senhor é o único que pode ler as intenções do coração.(Jo. 04:23 e Sl 139: 23)

Se prestarmos atenção, veremos que o diferencial da fé em Deus, não está no conteúdo filosófico, ou do conjunto de preceitos que regem a  religião, e sim nos resultados, em ações de amor, justiça, e misericórdia, valores que independem de bandeira ou de rótulo, mas que nos fazem todos irmãos, filhos de um só Deus de amor.





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